terça-feira, 13 de setembro de 2011

A LEI E A SOCIEDADE

A sociedade tem se tornado cada vez mais violenta, seja na rua, na escola, no trabalho, na hora do lazer e até mesmo dentro de casa.
Nos dias de hoje, tem sido comum ouvirmos na mídia e da boca do povo imensa fúria em relação a tanta violência e impunidade, e consequentemente insatisfação com a atual legislação penal brasileira.

Pergunta-se: Será que ao invés de questionarmos nossas leis, não deveria o homem refrear seus impulsos lesivos, independente se há ou não uma lei que dite normas e sanções?

A resposta está na própria sociedade. Não podemos esquecer que uma lei nasce ou se torna mais rigorosa a partir do momento em que a sociedade muda seus princípios éticos e morais. O fato de a criminalidade crescer a cada dia, seja no quantitativo ou na brutalidade, não pode estar atrelado a falta de leis mais rígidas, mas a questões culturais, éticas, morais, à ganância, ao individualismo do ser humano, ao egoísmo e principalmente a desestruturação familiar e a falta de amor ao próximo. Tudo isso, se torna um trampolim para a criminalidade avançar e alcançar todos os setores de uma sociedade, fazendo com que os direitos garantidos pela constituição sejam atingidos.
Tal problema é tão grande que até mesmo nós, cidadãos, muitas das vezes, por apresentarmos desvios de condutas contribuímos com o aumento de delitos. Sabe aquele jeitinho brasileiro, pois bem, são esses comportamentos que levam a sociedade a burlar leis e normas, desrespeitar o próximo e a si mesmo.

No mundo em que vivemos o certo virou errado, e o errado virou o certo. A sede do consumismo, da cobiça e do individualismo tomou conta dos corações, das ruas, das praças, da casinha de madeira e das mansões. Não se sabe ao certo o que é justo ou injusto, o que é bom ou mal, o que é lícito ou ilícito. Sabe-se apenas uma coisa: a felicidade momentânea e o prazer têm que ser satisfeito a qualquer custo, ainda que se tire o direito à vida do semelhante.

O Direito é sim importante para a sociedade, mas, só teremos uma sociedade mais justa e eficiente na execução de seus direitos, se o homem em si e em conjunto buscar valores que o dignifiquem e o tornem mais sociável, ao invés de viverem como pedras, duros sem amor a oferecer. Agindo assim, certamente o crime será combatido e aos poucos teremos uma sociedade mais fraterna e boa para se viver, independente se há ou não leis mais rígidas.